Lançamento do Movimento Niterói Como Vamos

Isabel Capaverde, de Plurale em site 25/03/2011 | 11:14 

O Seminário “Cidades Sustentáveis: Sociedade, Mobilização e Cidadania” marcou o lançamento oficial do Movimento Niterói Como Vamos (NCV), ontem na cidade vizinha ao Rio. Com a participação de universitários, professores, autoridades – entre elas o senador Saturnino Braga – representantes de instituições e associações, o evento que se estendeu das 16h30 às 20hs, lotou o auditório da Ampla. 
Depois das boas vindas de André Moragas, diretor de Relações Institucionais da Ampla, Álvaro Cysneiros, coordenador do NCV, apresentou o movimento que segue a mesma linha de atuação do Bogotá Como Vamos, Nossa São Paulo, Rio Como Vamos e outros que integram a Rede Social Brasileiras de Cidades Justas e Sustentáveis e a Rede Latino-americana de Cidades Justas e Sustentáveis. Monitorando indicadores de gestão urbana em áreas como saúde, transporte, educação, meio ambiente, habitação, saneamento entre outras, o NCV pretende promover uma maior integração entre as políticas públicas e as reais necessidades e interesses dos moradores da cidade. 
Álvaro esclareceu que o objetivo não é brigar com a prefeitura de Niterói, nem tão pouco defender interesses partidários ou ambições políticas. A ideia é mobilizar o cidadão para que juntos, sociedade civil e governo, busquem transformar a cidade num lugar melhor para todos viverem. Exemplificou como atua o NCV, através de GTs, grupos de trabalho e disse que uma das metas para 2011 é aumentar a participação de jovens e lideranças sociais no movimento.
Em seguida, foi a vez da convidada Patrícia Ashley, pesquisadora, escritora e professora adjunta do Departamento de Análise Geoambiental do Instituto de Geociência da UFF, falar sobre “Democracia Participativa e o seus diversos atores”. Patrícia ilustrou a palestra citando sua experiência em São João Del Rey, de 2004 a 2009, no projeto EcoCidades e em como as universidades podem ajudar nessa luta por cidades sustentáveis, nos seus diversos campos de conhecimento, qualificando os gestores. Falou de como percebemos e avaliamos a realidade, de como podemos construir oportunidades, articular as responsabilidades sociais, além dos instrumentos e meios de realização. “A democracia participativa não pode ser apenas formal, mas também deve ser essencial. A relação que estabelecemos e construímos com a cidade reflete e, ao mesmo tempo, modifica a sua qualidade social”, disse Patrícia.
Logo após a primeira rodada de perguntas do público, mediadas pela jornalista Sônia Araripe, Editora de Plurale, Thereza Lobo, socióloga, diretora da Solidaritas e do Rio Como Vamos, falou sobre “Os papéis da juventude e das empresas. Controle cidadão sobre o orçamento público”. Thereza discorreu sobre o Rio Como Vamos, movimento “irmão” e mais experiente que o NCV, sua trajetória e resultados obtidos até agora, como o fato de já serem consultados para algumas decisões da prefeitura do Rio. Destacou a campanha de cultura cidadã que o movimento tem feito, com o slogan Deixa de Ser Mané, disseminando as boas práticas de convivência na cidade como não jogar lixo nas ruas e praias, no trânsito deixar os cruzamentos livres ou recolher o cocô do cachorro.
Ao final mais uma rodada de perguntas dirigidas a todos os palestrantes. Vale ressaltar que durante todo o evento houve a tradução em libras e no lugar das garrafas plásticas de água, água na jarra para os palestrantes. Encerrando a noite, um coquetel com música ao vivo. 

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