Niterói vai ganhar ciclovia ligando bairro do Barreto ao Gragoatá


n'OFluminense por Pamela Araujo 24/04/2011
Após a implantação, nos últimos meses, de duas ciclofaixas nos bairros de Icaraí, São Francisco e Charitas, novo projeto pretende ampliar a malha cicloviária da cidade

Niterói vai ganhar uma ciclovia ligando o bairro do Barreto ao Gragoatá. Após a implantação, nos últimos meses, de duas ciclofaixas nos bairros de Icaraí, São Francisco e Charitas, com aproximadamente oito quilômetros de extensão, um projeto desenvolvido pelo Governo do Estado em parceria com a Niterói Trânsito e Transportes S/A (NitTrans) pretende ampliar a malha cicloviária da cidade.
O projeto foi apresentado por Mauro Tavares, responsável pelo Programa Rio Estado da Bicicleta da Secretaria estadual de Transportes, durante o 1º Seminário de Mobilidade Urbana Sustentável de Niterói, que aconteceu entre os dias 14 e 16, no La Salle. Ele prevê a construção de uma ciclovia de 7,3 km, que ligará os bairros do Barreto, na Zona Norte, e Gragoatá, na Zona Sul, passando pelas Barcas.
De acordo com o projeto, a nova ciclovia terá início no cruzamento da rua Guimarães Junior com o corredor do trem, o que viabiliza futuramente a ligação com o município vizinho, São Gonçalo. Ela será demarcada com placas, pintura horizontal e redutor de velocidade, e seguirá pelas ruas Luiz Palmier e Benjamin Constant, cruzando o viaduto sobre a Avenida do Contorno, até a Avenida Feliciano Sodré, Rua Froes da Cruz e Avenida Visconde do Rio Branco, nas Barcas, até a Rua Alexandre Moura, no Gragoatá.
O circuito ligará o Colégio Pedro II, do Barreto, ao Campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Gragoatá. O projeto prevê, ainda, a construção de ponte em balanço no viaduto sobre a avenida do Contorno, criando espaço para a ciclovia. Um dos objetivos do Programa é incentivar a travessia para o Rio – onde são previstos novos circuitos para ciclistas –, por meio das barcas.
Segundo a NitTrans, também é prevista a construção de paraciclos e bicicletários em pontos estratégicos, considerados de grande importância para garantir a livre circulação de veículos não motorizados, incluindo serviço de aluguel de bicicletas públicas.
Já outras ciclofaixas existentes como as da Estrada Caetano Monteiro, em Pendotiba, e Estrada do Engenho do Mato, em Itaipu, serão remodeladas com reformas de asfalto.
Niterói agora tem Estatuto da Bicicleta
O grupo de amigas formado por Amanda Moraes, 17, Isabella Diogo, 15, Luisa Guglick, 16, e Luana Almeida, 15, moradoras de Icaraí, que já utiliza a ciclovia da Estrada Fróes, aprova a expansão. 
“Acho que o ciclista deve sim ter mais espaço, principalmente no Centro e em Icaraí. Mas também é preciso haver conscientização dos motoristas, que muitas vezes não respeitam os ciclistas”, diz Amanda.
Estímulo – No último dia 14, a Câmara Municipal de Niterói aprovou o projeto de lei “Estatuto da Bicicleta”, proposta pelo então vereador Felipe Peixoto, hoje secretário de Estado de Desenvolvimento Regional.
De acordo com Felipe Peixoto, o Estatuto tem como objetivo estimular a utilização da bicicleta como veículo de transporte.
“Para isso, ele prevê ampliação da malha cicloviária na cidade, com sinalização vertical e horizontal. Ponto de estacionamento de bicicletas, localizados em logradouros públicos ou em pontos de grande concentração de pessoas. Além da criação de um serviço de bicicletas públicas. É necessário que a cidade seja planejada para as pessoas e não para os automóveis, como acontece hoje em dia”, afirma.
Seminário - O 1º Seminário de Mobilidade Urbana Sustentável de Niterói reuniu autoridades e 18 especialistas para apresentação de projetos de mobilidade de diferentes regiões do país e do mundo. A iniciativa foi vista pelo presidente da NitTrans, engenheiro Sergio Marcolini, como uma referência técnica excepcional para o desenvolvimento de projetos viários na cidade.
“Com isso, se posicionou na vanguarda do país, em termos de esforços de adequação do espaço urbano aos diversos meios de transporte da população”, acredita.
Para Marcolini, Niterói tem tudo para se transformar numa referência no planejamento cicloviário.

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